quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Gabriel Almeida e Robson Soares

Consciência da Ignorância

   De acordo com a crônica Não Entender do livro A Descoberta do Mundo de Clarice Lispector o ato de entender é sempre limitado, enquanto não enteder deve ser considerado um dom. Não entender abre novas portas porque propicia o desejo de querer entender um pouco mais. O trecho"...mas pelo menos entender que não entendo" assim como a frase de Sócrates " Só sei que nada sei" podem ser melhor interpretadas e compreendidas através do texto Introdução Ao Filosofar de Gerd Borrnheim.

    Segundo o texto de Bornheim, Platão e Aristóteles consideravam a dmiriação como o primeiro passo para se iniciar no caminho da filosofia. Ao admirar algo, o homem tem consiência de que não sabe verdadeiramente nada sobre esse objeto admirado ( sua origem, o porquê de existir, etc ), ou seja, toma consiência de sua completa ignorância. Essa consiência do não saber faz com que o homem comece a interrogar aquilo que ignora até que seja atingido o conhecimento. Quando não há o questionamento, tornando esse ato limitado como foi assumido no texto da Clarice Lispector.
     
     O homem se liberta da crença ao perceber que algo não é entendido e na busca pelo sentido real e da verdade do objetoem análise, pois adquire o hábito de questionar o que antes era consederado inútil e/ou passava despercebido.
    
     Ambos os textos, da Clarice Lispector e do Gerb Bornheim, mostram que admitir a ignorância é fundamental para o filósofo abandonar a postura dogmática em favor de uma postura crítica.

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